segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Marcha das Vagabundas" no Brasil

  Neste sábado, 04 de junho, a Avenida Paulista será  palco da Slut Walk ou " Marcha das Vagabundas"  em tradução livre. 

 O Slut Walk é um movimento criado por estudantes  cujo objetivo  é chamar a atenção para a cultura de responsabilizar a vítima por casos de abuso ou estupro.

 O movimento surgiu como protesto em resposta  ao comentário que Michael Sanguinetti, policial canadense, fez em uma palestra sobre segurança na  Escola de Direito Osgode Hall, em Toronto.O policial disse que " se a mulher não se vestir como vagabunda (slut, gíria inglesa), reduz-se o risco de ela sofrer abuso ou estupro".

 Os comentários tiveram grande repercussão na Internet e chamaram a atenção de Sonya Barnet, uma designer gráfica de Toronto, que quando soube através de um jornal local,  se juntou a  Heather Jarvis, estudante da Univesidade de Guelph, e criou uma pagina no facebook para chamar a atenção das pessoas para a causa e divulgar a passeata.

  Sonya Barnett disse ao site OiToronto que o motivo principal da passeata foi protestar contra o fato de o policial ter usado a palavra “vagabunda” e exigir que haja uma mudança na mentalidade das pessoas. “A maneira como você se veste não deve servir como justificativa para ser abusada sexualmente. Quando um policial faz um comentário desses, deixa transparecer que as vítimas são culpadas e isso não é verdade”, disse Barnett.


                                  Primeira Stul Walk realizada em Toronto, Canadá.

  A primeira passeata aconteceu em maio na cidade de Toronto, no Canadá, e cerca de 3 mil pessoas participaram. Milhares de mulheres saíram  as ruas vestidas de forma provocante ou comportada exibindo cartazes contra o machismo e o abuso sexual.

 O sucesso do movimento se espalhou por diversos países como Estados Unidos, Nova Zelândia, Grã-Bretanha, Austrália, Holanda, Argentina, Suécia e agora chega ao Brasil.

  No Brasil, a "Marcha das Vagabundas" está sendo organizada por três amigos, a escritora Solange De-Ré, a blogueira Madô Lopez e o músico Edu K, que após verem uma reportagem sobre o Slut Walk decidiram protestar contra o machismo velado que há no país. Então marcaram o evento no Facebook. Os organizadores ficaram surpresos pois mais de 4.5 mil pessoas confirmaram presença no evento Slut Walk Brasil. 

 Para Solange De-Ré  o evento superou suas expectativas. "Está sendo surpreendente ver que esse problema sempre existiu e agora podemos discuti-lo publicamente, apoiados por homens e mulheres", afirma.Ela espera 2,5 mil pessoas na marcha que está marcada para às  14h do dia 04 de junho na Avenida Paulista em São Paulo.

 Nesse mesmo dia acontecerão protestos em outras cidades como Chicago (EUA), Los Angeles (EUA), Londres (Inglaterra), Edmonton (Canadá), Estolcomo (Suécia), Amsterdã (Holanda) e em Edimburgo (Escócia).



Redes Sociais

Convocações via redes sociais como o Twitter e o Facebook tem sido fundamental para o sucesso do movimento. O site oficial  é o StulWalk Toronto, nele são encontradas informações sobre como surgiu , quem são seus organizadores, depoimentos de mulheres sofreram abusos e que participaram das passeatas, além de notícias sobre os protestos que acontecem em diversos países.No Twitter além do perfil oficial @SlutWalkTO , o movimento tem mais três perfis de cidades em que a passeata foi realizada.No Brasil, a "Marcha das Vagabundas" utiliza apenas a página do Facebook para convocar os participantes.

Marcha em Toronto

Fontes: OiToronto, G1, Estadão.
 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ciberfeminismo no Brasil


O ciberfeminismo no Brasil é potencialmente inexistente. O primeiro trabalho a falar de ciberfeministas brasileiras está em produção atualmente por uma mexicana doutoranda da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Amália Eugênia Fischer Pfaeffle é doutora em comunicação e cultura e professora universitária. Defendeu e divulgou sua tese sobre ciberfeminismo em revistas e diversas conferências.
Recentemente, Amália Eugênia Fischer Pfaeffle, que também é uma das idealizadoras do Fundo Social Elas (fundo brasileiro de investimento social voltado exclusivamente para a promoção do protagonismo de meninas, jovens e mulheres), deu uma entrevista para o jornal O Globo falando sobre a sua tese: "Producción de tecnocultura de género, mujeres y capitalismo mundial integrado" .  Veja a seguir.

1.       Por que um trabalho sobre ciberfeminismo?

 Decidi fazer um trabalho sobre ciberfeminismo por vários motivos: 1° - Porque é importante que as mulheres se apropriem da tecnologia. 2° - Porque na Internet se reproduzem as mesmas arborizações que na sociedade. Mesmo que a maneira como as mensagens são trocadas na Web não passem por um centro, uma censura etc., mas alguns conteúdos são patriarcais, racistas, lésbico e homofóbicos e reproduzem de certo modo a sociedade patriarcal. É importante que as mulheres desconstruam também na rede essa sociedade. O patriarcado se reproduz em todos os níveis.


2.       Do que se trata o seu trabalho e como tem sido recebido?

 Meu trabalho é uma análise sobre o Capitalismo Mundial Integrado, as lutas e resistências dos movimentos sociais no contexto da globalização e a Tecnocultura de Gênero. Como se produz o relacionamento entre tudo isso e em que nível de complexidade. Tem sido bem recebido por mulheres interessadas na problemática.



3.       Você considera que a mulher irá ganhar mais espaço no mundo tecnológico?

Pergunta difícil de responder. Acho que existe muita ciberliteratura feminista na Internet, mas em inglês e um pouco em espanhol. Acho que a cada vez mais as feministas estão preocupadas com o ciberfeminismo. Você encontra desde meninas que respondem agressivamente e na mesma linha que os homens até outras que fazem analises mais filosoficamente complexas.Mas sim, acho que as mulheres vão ganhar mais espaço no mundo tecnológico. Temos apenas que tomar cuidado para não perdermos nossos direitos a qualquer momento. Governos autoritários são a pior hipótese e podem levar isto a acontecer.

4.       Qual a sua definição didática de ciberfeminismo?

 Por um lado, é analise e prática do feminismo na Internet e uma luta mais das feministas por desconstruir o imaginário patriarcal na Internet. E uma proposta teórica sobre o feminismo e a tecnologia cibernética, assim como uma crítica ao patriarcado e ao capitalismo. Por outro lado, trata-se de fazer com que as mulheres tenham acesso à tecnologia e saibam como usá-la. Garotas do barulho São muitas as opções e os projetos para mulheres em tecnologia.
 


Fonte:

domingo, 22 de maio de 2011

A web é feminina

No contexto da questão sobre os movimentos sociais na internet, o campo comunicacional abrange como espaço de luta política, incisivo e não apenas determinante de outras instâncias em que se conclui a dinâmica histórica. As novas tecnologias de comunicação permitem um redimensionamento das maneiras de organização de significativos movimentos sociais como, por exemplo, o feminismo, que nesse contexto é atualizado por uma nova prática denominada como Ciberfeminismo.
   O Ciberfeminismo, desde seu surgimento, atualiza suas semelhanças históricas com outros feminismos. A partir desse conceito, o movimento estuda as possibilidades de novos discursos feministas em redes de comunicação, examinanando como esse movimento se dá, e mais designadamente, como o uso das novas tecnologias de comunicação estabelece essas novas afinidades feministas. Surgindo como uma forma de ativismo digital, o ciberfeminismo, definido como uma prática pós-feminista na rede, é um complexo campo tecnológico e político.

   O Ciberfeminismo teve procedência em inúmeras redes eletrônicas, anteriores à World Wide Web (WWW), como por exemplo, as BBS e Intranets universitárias da Austrália e Alemanha. Outro agente responsável pelo surgimento do Ciberfeminismo é a divulgação do Manifesto Ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX em 1984, escrito pela biológa Donna Haraway. Donna Haraway propõe um rompimento com o marxismo, o feminismo radical e outros movimentos sociais que falharam ao atuar com categorias como classe, raça e gênero. Em relação ao movimento feminista, a crítica de Haraway diz respeito ao modo como ele vem operando com a categoria “mulher” de uma forma naturalizada. Sendo assim, seria necessário rescindir com essa política da identidade e troca-la pelas diferenças e por uma coalizão política baseada na afinidade e não numa identificação concebida como “natural”. O ciborgue seria, assim, o arquétipo, o mito fundador dessa novidade política de identificação construída a partir da semelhança, longe da coerência da assimilação de uma exclusiva identidade. A partir disso dar início as discussões e análises do método de construção desses novos modos de discurso em redes eletrônicas e suas relações com os movimentos de identidade.

   No caso Ciberfeminismo, uma das questões dessa vertente é que a compreensão do espaço da mulher deve ser também percebido no contexto das novas tecnologias, mais especificamente o da Internet. Uma das dificuldades nesse procedimento, sugerido pelas australianas Hawthorne e Klein (1999) e pela americana Faith Wilding (1997), é a de que o Ciberfeminismo ao pretender se alinhar radicalmente às teorias de Haraway, na tentativa de um anulação com o movimento feminista anterior, acabou por recusar sua relação com o passado político do movimento e sua relação com os distintos contextos culturais femininos. Mas ainda que o Ciberfeminismo não tenha as mesmas características políticas de seus antecessores, suas reverberações podem ser entendidas em produções artísticas e na ação ativista de inúmeras coligações e artistas.

   O ciberfeminismo é, sem dúvida, uma esperança na construção de uma nova ideia – examina gênero e identidades. Para a humanidade, a elaboração de um cyborg como propunha Donna Haraway é um dos maiores desafios. A rede é um meio público que tem se qualificado até agora por ser acessível e aberto à pluralidade dos discursos, à multiplicidade. Mas o mundo tecnológico, um mundo não alheio aos outros mundos, lida e sofre as alternativas políticas e sociais. De fato, a tecnologia é somente uma esperança para se olhar para os movimentos sociais e, ao utilizarmos esta lente, devemos pensar em que comedimento as novas tecnologias redimensionam esses movimentos. No caso do feminismo, e mais especificamente do Ciberfeminismo, é preciso termos em conta as distintas camadas e temporalidades que as tecnologias utilizadas por esses movimentos transcorrem. Por esta razão, o ciberfeminismo também deve ser um espaço aberto para a política e o ativismo.

   Embora existam inúmeros conceitos para o Ciberfeminismo, segundo as pesquisadoras Ana Martínez Collado e Ana Navarrete:  O entendemos como uma prática feminista em rede, que tem por intuito, tanto politicamente, quanto esteticamente, a construção de novas ordens e desmontagem de velhos mitos da sociedade através do uso da tecnologia.” A priori, o Ciberfeminismo não é conecto, desde o seu surgimento ele se apresentou de diversas formas e grupos, mas identificamos em sua fórmula alguma coisa que o distingue de outros feminismos anteriores. Enquanto os movimentos feministas dos anos 1960 e 1970 se multiplicaram pelo efeito de sucessivas divergências internas, resultando em grupos que buscavam ações identitárias afins, diferentes grupos ciberfeministas utilizaram a Internet para trocarem experiências, se reunirem e debaterem as relações entre gênero e tecnologia.

   Dessa maneira, este movimento, mesmo com suass variadas alianças identitárias, procurou uma aproximação para trocas e ações de experiências de distintos fundos culturais em conjunto. Muitos dos grupos ciberfeministas usam as tecnologias de comunicação, como a Internet, não só para se organizarem em rede, mas também para construírem novas falas que problematizam as teses de gênero através de afazeres que vão desde a produção audiovisual e experimentos com midiarte até as experiências artístico-ativistas na Internet. Em resumo, o Ciberfeminismo surgiu em um período onde são cada vez mais polifônicas as identidades, as narrativas e até mesmo as próprias tecnologias. No entanto, as potencias como movimento social acarretadas pelo ciberfeminismo ainda são embrionárias no terrítorio brasileiro. O sentido da comunicação e da informação, e consequentemente, sua globalização, instituíram novos âmbitos de ação coletiva que carecem ser, cada vez mais pesquisados, discutidos e divulgados por mulheres, para mulheres, em especial , as brasileiras!


Fontes:





quinta-feira, 19 de maio de 2011

Blogs de greve em Alagoas

Os blogueiros e, agora grevistas, do Estado de Alagoas ficarão sem postar em seus blogs durante uma semana para que o governador do Estado receba os mesmos.

Na verdade, o atual governador do Estado de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, não pagou por alguns trabalhos feito por blogueiros durante sua campanha.

Enquanto esses blogueiros não recebem o pagamento, estão convocando todos os blogueiros alagoanos a fazer o mesmo: ficar sem escrever.







Fonte:

sábado, 14 de maio de 2011

AVAAZ: comunidade de campanhas que leva a voz da sociedade civil para a política global.


O post de hoje traz como tema a Avaaz, comunidade criada em 2007 e que tem como finalidade mobilizar pessoas do planeta inteiro para agirem em causas internacionais urgentes, utilizando como base de mobilização as ferramentas online, que permitem que milhares de ações individuais possam ser combinadas em uma poderosa força coletiva.  Essa comunidade virtual atua como um megafone para chamar atenção para novas questões.
O termo avaaz quer dizer “voz” em diversos idiomas europeus e asiáticos. Segundo informações do próprio site, a comunidade Avaaz opera em 14 línguas por uma equipe profissional em quatro continentes, voluntários de todo o planeta e mais de 8 milhões de membros espalhados por 193 países. Tal equipe possui atuação mundial, com a missão de trabalhar com qualquer questão de interesse público, essa grande distribuição de pessoas permite a organização de campanhas com bastante agilidade. Eles trabalham no sentido de mobilizar a assinatura de petições, financiamento de campanhas de anúncios, a equipe, também, envia emails e telefona para governos, organizando protestos e eventos nas ruas.
As prioridades gerais da comunidade virtual são eleitas pela equipe da Avaaz, que as definem através de pesquisas. As ideias para campanhas são submetidas a pesquisas e testes semanalmente com amostras aleatórias distribuídas a 10.000 membros, e apenas as iniciativas que recebem uma forte reação positiva são implementadas em grande escala. A equipe trabalha com parceiros e especialistas para desenvolver estratégias de campanha que sejam eficazes, sumarizando essas estratégias através de alertas de linguagem clara e impactante, e, se o quadro de membros da Avaaz desejar prosseguir com a ideia, a equipe assegura que a campanha seja executada, entregando abaixo-assinados e mensagens de membros, organizando campanhas publicitárias financiadas pelos membros ou tomando qualquer outra medida necessária. Ou seja, a equipe da Avaaz não define sozinha um programa de ação para depois tentar convencer os membros a segui-lo. Na realidade, o processo é mais próximo do oposto disso: a equipe ouve os membros e sugere ações que possam implementar para influenciar o mundo de um modo geral.
A Avaaz é inteiramente financiada pelos próprios membros, eles simplesmente não aceitam recursos de governos nem de empresas. Eles acreditam que esse fato seja de máxima importância para garantir que sua voz seja determinada exclusivamente pelos valores compartilhados por membros e não por um grande financiador ou programa de ação. Atualmente quase 90% do orçamento da Avaaz provêm de pequenas doações via internet. Isso significa que o único programa de ação que eles seguem é aquele determinado pelo povo. Outro ponto importante, e que configura a Avaaz como um caso muito raro, refere-se às doações não serem dedutíveis do imposto de renda e, portanto, eles se consideram 100% livres para dizer e fazer o que for necessário a fim de fazer as lideranças mundiais ouvirem a voz do povo.


Dentre algumas histórias de sucesso desse movimento online global pode-se destacar a mobilização da Avaaz após a passagem do ciclone Nargis em maio de 2008 em Mianmar, matando 200.000 pessoas, a equipe da comunidade entrou em contato com organizações de monges para saber como ajudar. O chefe da Organização Internacional de Monges de Mianmar gravou um vídeo fazendo um apelo aos membros da Avaaz. Em apenas dez dias, mais de 250.000 pessoas, de 125 países, doaram US$2 milhões para apoiar os esforços humanitários dos monges, e muitas vidas foram salvas com esse ato. Outro exemplo refere-se a mais de US$1,3 milhão doados para o povo haitiano após o terremoto ocorrido em janeiro de 2010, ajudando organizações locais a proverem comida e ajuda médica que salvaram vidas. Atualmente diversas petições estão no site da Avaaz aguardando assinaturas, com a petição que será entregue em Brasília, relacionada a construção da usina de Belo Monte. Há ainda a petição de apoio à lei anti-homofobia que irá ampliar as proteções contra a violência e discriminação para todos os brasileiros, o requerimento será entregue em Brasília em uma grande manifestação pela lei anti-homofobia. Esses são apenas alguns exemplos das ações lideradas pelo Avaaz, maiores informações podem ser encontradas no site.
A repercussão na mídia adquirida pela Avaaz não pode ser esquecida, jornais como o The Economist, Le Monde e O Globo, abordaram as mobilizações encabeçadas por essa comunidade virtual. Outros meios de comunicação, como a BBC, o The New York Times e a rede Aljazeera também circularam notícias sobre a Avaaz.
A comunidade possui perfis no facebook e no twitter, objetivando a aproximação cada vez maior com toda a população.

domingo, 8 de maio de 2011

Movimento negro virtu@l

     A presença do movimento negro na história do Brasil não é recente, a quilombagem, por exemplo, era um movimento rebelde organizado pelos próprios escravos, que existiu no período escravocrata nas terras do nosso país. Era a forma encontrada por aqueles de lutar contra o sistema. Ocorreram aqui, diversas representações de resistência e luta da população negra, como a Revolta dos Malês, o grande Zumbi, entre outros. Podemos considerar o movimento negro como resultante de um leque de manifestações decorrentes de um processo histórico, surgido a partir de inquietações individuais e coletivas.


     Semelhante a alguns outros movimentos sociais, o movimento negro reuni pessoas que reconhecem a relevância da igualdade racial para o desenvolvimento do nosso país, eles defendem a igualdade civil das pessoas independente de suas origens étnicas. Suas lutas estão ligadas não só contra o racismo e a discriminação, mas também a xenofobia e intolerâncias correlatadas.
     O movimento negro começou a ganhar força na década de 30, com a Frente Negra Brasileira, mas só em 1978 nasceu o Movimento Negro Unificado, que originou vários outros grupos, como associações de bairros, núcleos de pesquisas e varias organizações não-governamentais.
     Com o ardente crescimento da internet e das mídias sociais, cresceram também o número de comunidades virtuais, blogs, lista de discussão com o objetivo de apoiar o movimento negro. Estes espaços, denominados públicos, ampliam de forma bastante significativa as ações políticas efetivas, como por exemplo, denuncias, circulação de manifestos, criação de fórum de debate, protestos, entre outras. Através delas, pessoas de diferentes localidades podem ficar a par da atual militância realizada pelo movimento negro. Só no Orkut, existem inúmeras comunidades relacionadas ao movimento negro, são elas: Movimento Negro Unificado, Movimento Negro, Movimento NEGRO PROGRESSISTA, Movimento Comunista Povo Negro, Movimento Negro Evangélico, e muitos outros.
     Destacamos ainda o Atabaqueblog que fala sobre movimento negro, cultura negra, afrobrasileira, afrodescendente e que por sinal aborda a idéia de movimento negro virtual em um dos seus posters, citando um manifesto virtual que ocorreu no sentido de apoiar à ministra Matilde Ribeiro da SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial). Temos ainda o Negritude 40, que é o blog do movimento negro do PSB, entre muitos outros relacionado ao movimento negro.
      Assim, percebemos que o movimento negro, através das ferramentas midiáticas sociais, alcançou a capacidade de mobilizar em tempo real milhares e milhares de pessoas, não perdendo é claro seu tradicional modo de ação política e sim aumentando o leque de possibilidades de mobilização.



Fonte:

http://atabaqueblog.blogspot.com/2007/05/movimento-negro-virtual.html
http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=13407