Como já sabemos, a internet é uma ferramenta de grande impacto no desenvolvimento de determinados movimentos sociais, podendo estar diretamente ligada, inclusive, na criação de alguns. O que pretendemos abordar nesse post refere-se ao papel exercido pelos militantes sociais atualmente, no que tange especificamente a internet.
Numa rápida olhada pelo dicionário entendemos que militante é aquele que “está em exercício”, ou seja, trata-se do indivíduo engajado em alguma causa. Historicamente, temos em nossa memória o termo militante diretamente vinculado à política, com pessoas nas ruas carregando bandeiras e entoando dizeres ligados à sua problemática. A partir da popularização da internet esse quadro vem se modificando, os panfletos hoje são virtuais, as discussões anteriormente travadas em encontros em bares ou praças, hoje ocorrem através das redes sociais. Nesse sentido, percebemos que o papel do militante político vem sendo revitalizado e ganhando um nova roupagem.
Nas eleições de 2010 para o governo do estado da Bahia, a assessoria de comunicação do então candidato Jaques Wagner colocou no ar o wagnernaweb.com.br, uma página na internet que buscava a aproximação do eleitor com a campanha do candidato e, além disso, tinha o papel de “recrutar” interessados para se inserirem da militância virtual em prol do petista.
O site possui uma sessão especial que ensina passo-a-passo como os militantes poderiam participar da campanha pela internet, as apresentações mostradas na página funcionam como uma espécie de guia de orientação para se criar contas e usar as principais redes sociais em benefício da campanha de Jaques Wagner na web. Twitter, Blog, Youtube, Orkut e Flickr foram as ferramentas de divulgação escolhidas para integrar essa campanha colaborativa via internet.
A ressalva que vale ser feita aqui, diz respeito a mudança de paradigma sofrida pela militância de maneira geral com a inserção dos webmilitantes, como vem sendo chamados. A internet por ser uma ferramenta mais cômoda (no sentido de não precisar sair de casa para utilizá-la) e rápida, pode muitas vezes causar a impressão de “dever cumprido” por parte de quem a utiliza, mas quando uma pessoa divulga por e-mail a realização de vários protestos e não participam pessoalmente de nenhum, acaba por deixar uma lacuna em aberto entre o pensar e o agir. Na minha opinião, a Internet tem potencial para a construção da cidadania e do fortalecimento da democracia, porém aliada ao fazer prático e diário.
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