terça-feira, 12 de julho de 2011

Software Livre no Brasil


O Projeto Software Livre Brasil é uma rede social, mantida pela Associação Software Livre.org, que reúne universidades, empresários, poder público, grupos de usuários, hackers, ONG's e ativistas pela liberdade do conhecimento. O objetivo do projeto é  promover o uso e o desenvolvimento do software livre como uma alternativa de liberdade econômica e tecnológica.

O site da ASL foi desenvolvido dentro do Noosfero, uma rede social totalmente feita em software livre. O site da ASL é uma das comunidades da Rede Software Livre.Org, que já possui mais de 11 mil usuários.

Qualquer pessoa pode participar do Projeto, basta ser usuário no softwarelivre.org e  membro da comunidade ASL.

Aproveite todas as funcionalidades da ferramenta, você pode criar um blog, publicar informações e sugerir artigos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Software Livre

Software livre: socialmente justo, economicamente viável, tecnologicamente sustentável.



Esse vídeo foi feito com o objetivo de ajudar as pessoas a entenderem o conceito de Software Livre, sua importância, filosofia de desenvolvimento e distribuição.

sábado, 9 de julho de 2011

Movimento do Software Livre


Para o Movimento do software livre, que é um movimento social, não é ético aprisionar conhecimento científico, que deve estar sempre disponível, para assim permitir a evolução da humanidade. Já o movimento pelo Código Aberto, que é um movimento mais voltado ao mercado, prega que o software desse tipo traz diversas vantagens técnicas e econômicas. O segundo surgiu para levar as empresas a adotarem o modelo de desenvolvimento de software livre.

Como a diferença entre os movimentos "Software Livre" e "Código Aberto" está apenas na argumentação em prol dos mesmos softwares, é comum que esses grupos se unam em diversas situações ou que sejam citados de uma forma agregadora através da sigla "FLOSS" (Free/Libre and Open Source Software).

O Movimento de Sofware Livre foi iniciado por Richard Matthew Stallman (RMS) quando tentou escrever um sistema operacional que fosse livre da mesma maneira que toda informação deveria ser, livre para executar, estudar, modificar e compartilhar. Claro, foi o projeto GNU, que após fundir-se com o kernel do Linux, tornou-se o GNU/Linux. RMS criou a General Public License usando a lei de copyright contra ela mesma (um modo de dizer) para criar uma base em que o software pode ser livre (free software, free as in freedom). Esta licença é hoje usada não apenas em software, mas por outros tipos de informação e artes digitais para as quais os mesmos princípios (de impossibilidade de propriedade e negociação) se aplicam.

Queremos agora determinar se o movimento de Software Livre é ou não contra o capitalismo. O ponto importante a se resolver antes de examinar o movimento de Software Livre neste contexto é a diferença entre o popular movimento Open Source e o movimento de Software Livre.

Basicamente, software livre e software de código aberto (open source) são, na maioria dos casos, a mesma coisa. Quando digo "na maioria dos casos" quero dizer que a iniciativa Open Source algumas vezes aprova licenças de software não aceitas pelo movimento de Software Livre.

Entretanto, a principal e mais importante diferença entre eles é que o movimento de Software Livre proclama princípios éticos e morais de liberdade como o fator mais importante em torno de todo software livre, enquanto que o movimento Open Source é mais pragmático, promovendo benefícios que o modelo de desenvolvimento de software livre traz sobre os princípios de liberdade. O movimento Open Source tende a tratar software livre mais como apenas um outro modelo de negócios ou outra opção a escolher como a "escolha certa". Ele tende, portanto, a aceitar o software proprietário, e naturalmente o capitalismo, sem nenhuma restrição ética ou moral. Neste contexto, o movimento de Software Livre é bem diferente, dado que ele acredita que software proprietário É errado e portando será uma opção errada para qualquer um que a faça, e que software livre é a única escolha certa ética e moralmente.

Isso torna o movimento Open Source claramente pró-capitalista e não devemos nos admirar quando eles riem de alguém que erroneamente fala sobre Open Source como anti-capitalista. Eles estão apenas promovendo um modelo de negócios muito eficiente baseado em software livre. Eles estão, como RMS diria, chegando a conclusão certa pelas razões erradas. Mas exatamente essas razões erradas que fazem o movimento Open Source nada mais radical do que uma iniciativa para um modelo de negócios capitalista mais benéfico. Portanto eu nem o chamaria "um movimento". Na verdade muitos o consideram uma facção do movimento de Software Livre, entretanto muito popular, o que não é de se admirar visto que ainda vivemos em uma sociedade capitalista governada por eficiência e lucratividade (interesse próprio).

Ok, então Open Source é pró-capitalista, e o que é movimento de Software Livre?

Para considerar o movimento de Software Livre pró ou anti-capitalista, devemos determinar se há algo na ideologia de Software Livre que contradiz a ideologia capitalista. Eu acho que você não precisa quebrar a cabeça pensando antes de chegar a uma conclusão sobre isso. O movimento de Software Livre defende o fato de que software é informação e portanto não é e não pode ser propriedade, o que o torna inegociável, enquanto que o capitalismo tende a tratar tudo como propriedade.

Mas, espere um pouco... É mesmo verdade que a ideologia capitalista diz que informação pode ser considerada propriedade? De acordo com minha pesquisa ela não diz nada sobre isso. Capitalismo versa sobre direitos individuais, incluindo o direito à propriedade privada, mas ele não especifica se informação pode ou não ser considerada propriedade. Veja, podemos dizer que a ideologia capitalista original não fornece nenhuma orientação sobre o que pode ou não ser propriedade. Parece que ela assume que tudo que alguém cria é propriedade. Se ela faz tal suposição, está claramente errada e o movimento de Software Livre pode ser considerado anti-capitalista. Mas se ela não assume esta posição e, ao invés disso, espera que os que aplicam este sistema social para a sociedade julguem sobre a matéria, então podemos afirmar que Software Livre não é contra o capitalismo ideal, mas sim contra a aplicação do capitalismo atual pois as pessoas o tornam errado considerando informação como propriedade. As provas disso são o software proprietário e a patente de software.

Leis de patentes em geral, incluindo patentes de software, e leis de propriedade intelectual são impostas pelo Estado e podem ser consideradas como super envolvimento do Estado na economia, o que é novamente não pró-capitalista dado que a ideologia capitalista claramente diz que o Estado deveria ter um envolvimento mínimo na economia. Mas nem todo capitalista concordaria no quanto exatamente o Estado deveria se envolver. E isso é algo que pode provocar confusão.

Uma coisa, entretanto, é clara. O movimento de Software Livre É contra a estrutura social atual seja ela chamada verdadeiro capitalismo ou capitalismo corrompido. Se os ideologistas capitalistas originais considerariam informação como propriedade ou não, eu não julgo mais importante pois, no presente, somos nós que determinamos o que deveria ser ideal para toda a sociedade na era da informação. Nós deveríamos nivelar nosso entendimento para as características atuais e pessoas atuais. O que quero dizer por "pessoas atuais" é que se a maioria dos capitalistas atuais concordam que informação pode ser propriedade, e parece que sim, então o movimento de Software Livre ou é anti-capitalista ou esses capitalistas não são capitalistas no final das contas. Se capitalismo é "tudo sobre" direitos individuais e os capitalistas atuais são contra liberdade de software, então eles são contra a ideologia capitalista.

Entretanto, como acredito que a maioria dos que se intitulam capitalistas são contra a liberdade de software porque pensam que ela é anti-economia, e como o sistema capitalista atual (seja ele corrompido ou ideal) é aceito por muitos deles, então o movimento de Software Livre é atualmente anti-capitalista.

E encaremos os fatos, seja ele ideal ou corrompido, o sistema que temos hoje é chamado capitalismo e o movimento de Software Livre luta contra ele. Como poderíamos então chamar este movimento, se não anti-capitalista? Outro ponto que apóia essa noção é o fato de que mesmo o capitalismo ideal coloca lucro e interesses individuais em primeiro lugar, enquanto que o movimento de Software Livre coloca a liberdade e o bem para toda a humanidade em primeiro lugar, ao mesmo tempo respeitando o interesse próprio do indivíduo.

A conclusão para esta questão é que o movimento de Software Livre é anti-capitalismo-atual e possivelmente anti-capitalismo-ideal. O último é questionável, mas você pode se perguntar se questioná-lo teria alguma importância. Se o movimento de Software Livre é contra o sistema social atual (apontado como capitalismo), então por quê tipo de sociedade pós-capitalista ele está lutando?

Fontes:

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Energia sim, Belo Monte não


Um monte de estrume, encomendado especialmente pelo Greenpeace para o governo federal, é a melhor representação do que o projeto Belo Monte simboliza para o país.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Xingu Vivo Para Sempre


Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) é um coletivo de organizações e movimentos sociais e ambientalistas da região de Altamira e das áreas de influência do projeto da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que historicamente se opuseram à sua instalação no rio Xingu. Além de contar com o apoio de mais de 250 organizações locais, estaduais, nacionais e internacionais, o MXVPS agrega entidades representativas de ribeirinhos, pescadores, trabalhadores e trabalhadoras rurais, indígenas, moradores de Altamira, atingidos por barragens, movimentos de mulheres e organizações religiosas e ecumênicas, tais como:
Prelazia do Xingu, Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e Cidade, Instituto Socioambiental –Xingu, Comitê Metropolitano Xingu Vivo, Movimento de Mulheres Campo e Cidade – Pará, Associação das Mulheres Urbana e Rurais de Senador José Porfirio, Associação das Mulheres de Brasil Novo, Movimento de Mulheres de Medicilândia, Movimento de Mulheres de Uruará, Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade de Placas, Movimento de Mulheres de Pacajá, Movimento de Mulheres de Anapu, Movimento de Mulheres de Rurópolis, Associação de Mulheres Agricultoras do setor Gonzaga, Associação das Mulheres do Assentamento Assurini, Pastorais da Prelazia do Xingu- Comissão Justiça e Paz, Pastoral da Juventude, CPT- Xingu, CIMI- Conselho Indigenista Missionário, Pastoral da Criança, Irmãs Franciscanas, Comitê em Defesa da Vida das Crianças Altamirenses, Associação Fundação Tocaia, Equipe Samaritana paróquia Imaculada Conceição, Congregação La Salle, Grupo de Trabalho Amazônico Regional Altamira, Associação Rádio comunitária de Altamira,  Mutirão Pela Cidadania, Fundação Elza Marques, S.O.S Vida, SINTEPP-Sindicato dos Trabalhad@res em Educação Pública do Pará sub–sede Altamira, Sindicato dos Trabalhad@res Rurais, Associação Radio Comunitária de Vitoria do Xingu, Associação de Cultura de Brasil Novo, Associação Rádio Comunitária de Medicilândia, Associação Rádio comunitária de Porto de Móz, Forum da Amazônia Oriental, SDDH-Núcleo Altamira, Associação dos moradores da Reserva Extrativista do Riozinho do Anfrísio, Associação dos Moradores da Reserva Extrativista do Rio Iriri, Associação dos Moradores da Reserva Extrativista do Xingu, Comitê de Desenvolvimento Sustentável Porto de Moz, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porto de Moz, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vitória do Xingu,  Associação dos Pilotos de Voadeiras e Barcos de Altamira, Centro de Formação do Movimento Negro Transamazônica, SOCALIFRA, Sindicato das Domésticas de Altamira e região, Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Altamira e Região, Pastoral da Juventude Rural, Fórum Regional de Direitos Humanos Dorothy Stang, Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Para sub-sede Altamira, Associação Pró-moradia Parque Ipê, Associação dos Agricultores Ribeirinhos do Assentamento Itatá, Associação Casa Familiar de Altamira, Associação de Resistência Indígena Arara do Maia-ARIAN Associação dos Produtores da Volta Grande do Xingu, Associação do Povo Indígena do Xingu Km 17, Associação dos Povos indígenas da Aldeia Paquissamba da Volta Grande do Xingu   Associação Ação e Atitude, Associação dos Agricultores e Ribeirinhos do  Xingu.
No site do Movimento Xingu Vivo para Sempre, vocês encontrarão notícias sobre o movimento em defesa do Xingu, o histórico do projeto de Belo Monte, documentos oficiais, ações civis públicas e outros documentos da batalha jurídica envolvendo a usina, os melhores vídeos ilustrativos e os nossos contatos nas redes sociais.

Como vocês já devem saber, Belo Monte, se construída, será a terceira maior usina hidrelétrica de todo o planeta. O projeto pretende desviar a água de 100 quilômetros do Xingu (num trecho chamado Volta Grande, que praticamente secaria), deixando indígenas, ribeirinhos, pescadores, garimpeiros e todos os demais que utilizam o rio sem meio de locomoção ou sustento. Por outro lado, a hidrelétrica também inundaria uma área de 668 km2.

Muitas pessoas seriam atingidas ou até teriam que abandonar suas terras e casas com a usina. Além dos mais de 300 mil habitantes dos municípios de Altamira, Senador José Porfírio, Porto de Moz, Anapu, Vitória do Xingu, Medicilância, Gurupá, Brasil Novo, Placas, Uruará e Pacajá (que ficam na área de abrangência de Belo Monte), das 14 mil pessoas que vivem nas Resex do Rio Iriri, Riozinnho do Anfrísio, Verde para Sempre e Médio Xingu, e das 21 comunidades quilombolas da região, ainda não se sabe o número exato de pescadores, pequenos agricultores, garimpeiros e outros que seriam afetados pela usina. De acordo com o projeto inicial da obra, cerca de 20 mil pessoas seriam desalojadas de suas terras e casas, mas o número pode chegar a 40 mil pessoas, de acordo com especialistas que acompanham o projeto.

Milhares de indígenas também serão impactados. A Bacia do Xingu é habitada por 24 etnias que ocupam 30 Terras Indígenas (TIs), 12 no Mato Grosso e 18 no Pará. Todas estas populações seriam direta ou indiretamente afetadas à medida que o Xingu e sua fauna e flora, além do seu entorno, fossem alterados pela usina. Na região de influência direta da usina, três Terras Indígenas seriam diretamente impactadas: a TI Paquiçamba, dos índios Juruna, e a área dos Arara da Volta Grande, que se situam no trecho de 100 km do rio que teria sua vazão drasticamente reduzida.

Já a área indígena Juruna do KM 17 fica às margens da rodovia PA 415, e seria fortemente impactada pelo aumento do tráfego na estrada e pela presença de um canteiro de obras. Por outro lado, as TIs Trincheira Bacajá, Koatinemo, Arara, Kararaô, Cachoeira Seca, Arawete, Apyterewa, Xipaya e Kuruaya sofreriam impactos como escassez de pesca, pressão de desmatamento, pressão da migração de não-índios, pressão fundiária, epidemias como dengue e malária, entre outros.

Esses números só servem para ilustrar um pouco o projeto Belo Monte. Os problemas sociais, econômicos e ambientais da usina são vários e muito complexos, seria impossível listá-los todos nesse e-mail. Por isso, encorajamos a sua visita ao www.xinguvivo.org.br se você tem interesse em conhecer mais. Ao longo dos próximos dias, estaremos disponibilizando uma variedade muito maior de documentos e informações, então fique antenado.


Fontes:

sexta-feira, 1 de julho de 2011

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Liberdade de expressão!


40 cidades marcharam pela liberdade

Manifestantes de vários movimentos sociais promoveram no dia 18 de junho em ao menos 40 cidades do país a Marcha da Liberdade. O protesto uniu ativistas de várias causas, da luta contra o racismo à preservação ambiental, dos direitos homossexuais ao vegetarianismo, do combate à violência contra a mulher à defesa dos animais.

O movimento, organizado nas redes sociais da internet, teve como base a liberdade de expressão. A reivindicação geral é o fim da repressão policial nas diferentes manifestações, sob ordens do Judiciário.

No texto que convocou os manifestantes, os organizadores mencionaram os ataques da Polícia Militar aos participantes da Marcha da Maconha, realizada no último dia 21 de maio em São Paulo.

“Sete dias depois, defensores das mais diversas causas, vítimas das mais diferentes injustiças, estavam de volta ao mesmo local para dar uma resposta à opressão. As ruas de São Paulo foram tomadas por 5 mil pessoas de todas as cores, crenças e bandeiras. Na Internet, uma multidão espalhava a mensagem como vírus pelas redes sociais. Naquele dia, o Brasil marchou unido por um mesmo ideal. Nascia ali a Marcha da Liberdade.”

A convocação chamou para as ruas “ligas, correntes, grupos de teatro, dança, coletivos, povos da floresta, grafiteiros, operários, hackers, feministas, bombeiros, maltrapilhos e afins. Associações de bairros, ONGs, partidos, anarcos, blocos, bandos e bandas.”
“Todos os que condenam a impunidade, que não suportam a violência policial repressiva, o conservadorismo e o autoritarismo do judiciário e do Estado.”

Espontâneo e politizado ao mesmo tempo, o movimento se destacou pela falta de hierarquia, líderes, partidos ou ideias que se sobressaíssem à vontade coletiva.

Em cada uma das cidades as pautas locais se somaram à da liberdade de expressão. A maconha foi superada e se tornou uma reivindicação entre tantas. Ativistas marcharam contra a hidrelétrica de Belo Monte, contra o Código Florestal recém-aprovado, pela democratização da comunicação, por melhorias no transporte público, igualdade de gênero, contra os uso indiscriminado de agrotóxicos, contra a homofobia e tantas outras.

Nem os meios de comunicação mais tradicionais puderam deixar de noticiar a Marcha da Liberdade. Porém, a cobertura foi maciça nos meios de comunicação alternativos. O Circuito Fora do Eixo, uma rede integrada de trabalhos culturais com 72 pontos espalhados pelo Brasil, transmitiu Marchas ao Vivo em diversas cidades.

Muitas histórias, muitas reclamações e muito anseio de fazer as coisas mudarem. O gogó foi dispêndio para gritar por justiça, liberdade, democracia e direitos humanos pelos quatro cantos do Brasil. Uma intensa declaração de que há um limite para a resignação de um povo sofrido e hílare ao mesmo tempo. Como disse o jornalista Xico Sá, o protesto pode virar festa sim, e no Brasil não haveria de ter outro jeito. Os narizes de palhaço, as faixas e as fantasias são a forma carnavalesca que estes milhares de jovens encontraram para dizer BASTA à tudo que há de errado.


Fonte:

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Resenha do documentário SURPLUS

Surplus, vídeo documentário sueco de 2003, exibe com bastante criticidade a relação entre a desenfreada sociedade do consumo em que vivemos hoje, e a gradativa destruição do meio ambiente que tal sociedade degringola.
Algumas teorias são explicitadas durante o vídeo, como as ideias do norte-americano John Zerzan que servem para personificar o pensamento neoludita, ou seja, ele acredita que a salvação do planeta encontra-se numa volta no tempo, com o aniquilamento da tecnologia existente hoje, como as indústrias, os artefatos tecnológicos e a ideia do consumo exagerado. Do outro lado da “corda” tem-se Steve Ballmer, atual presidente executivo da Microsoft, que aparece no documentário como um súdito da tecnologia e brada aos quatro ventos: “I love this company!”, falando a respeito da multinacional poderosíssima na qual trabalha.
Trazendo à tona o poder das multinacionais, encontramos no texto “Tecnologias, identidades, alteridades: mudanças e opacidades da comunicação no novo século” de Jesús Martín-Barbero, o que o autor chama de uma das perversões da comunicação, ou seja, algumas megacorporações globais possuem uma concentração econômica traduzida num poder que funde os veículos e os conteúdos, desenvolvendo a partir disso, o controle da opinião pública e a imposição de moldes estéticos. Percebe-se que quem transmite é quem produz, e, por sua vez, quem produz detém poder de interferir no que sua audiência pode e/ou deve consumir. A real necessidade de um indivíduo se confunde com o desejo de possuir algo, e toda essa confusão se deve, especialmente, a uma gigantesca publicidade que lhe é imposta, a partir da espetacularização da existência humana, e partindo do pressuposto de que o receptor dessas mensagens é completamente passivo e, mais, obediente.
A busca pela felicidade torna-se algo inventado e interligado ao consumir desesperado. O documentário expõe extremos de uma relação com o consumo, de um lado o jovem sueco Svante, que tornou-se milionário com apenas 19 anos, e apesar de poder usufruir de tanto capital, leva uma vida fora do padrão, e busca a simplicidade ao lado dos amigos. Não se pode negligenciar o fato dele parecer ter uma personalidade perturbada por não saber lidar muito bem com todo o seu dinheiro. E do outro lado uma garota cubana criada nos moldes do regime de seu país, que quando vai à Europa encanta-se com o novo, ou seja, comidas diferentes (Mc Donald's em especial), canais de TV aos quais ela não tinha acesso, prateleiras e mais prateleiras recheadas com diferentes produtos, e ainda, diferentes marcas de um mesmo produto. Tudo isso é muito diferente da sua realidade em seu país de origem, de suas raízes, que segundo Barbero, podem ser móveis a partir das migrações e mobilidades, das redes e fluxos, ou seja, novas influências. Seguindo essa linha de raciocínio, a jovem a que nos referimos não deixará de ser cubana se adquirir alguns hábitos da cultura européia, ela estará apenas num processo de transformação da sua identidade pessoal.
O que fica claro para nós é que ambos extremos citados anteriormente são insustentáveis. O 'ter' desenfreado, com inúmeras possibilidades de escolhas ou o 'não ter' opções, a exemplo do creme dental (Perla) cubano, são pólos que não se sustentem, tanto pelo esgotamento dos recursos naturais, quanto pela liberdade cerceada que provoca essa tensão vivida atualmente.
Orosco Gomez no texto “Comunicação social e mudança tecnológica: um cenário de múltiplos desordenamentos.” reconhece que as transformações identitárias vão sendo contruídas de hibridações sedimentadas em representações sobretudo visuais, e a mídia atrelada às novas tecnologias possuem grande participação nessa questão. A audiência é um tema abordado pelo autor, ele afirma que ser audiência modifica o vínculo entre os atores sociais (família, amigos, governo, etc) e as janelas das casas vão sendo suplantadas pelas telas dos televisores, onde a publicidade domina e faz do homem quase um completo refém.
O que está em jogo tanto no vídeo quanto nos textos citados, é o futuro do planeta. Com o aparecimento das novas tecnologias, o poder adquirido pelas pessoas a partir de tal surgimento, com a mudança no papel do emissor e sua localização, ainda assim, é preciso raciocinar sobre para onde estamos indo.

domingo, 19 de junho de 2011

Campanha “Eu sou gay” usa a internet contra a homofobia.



   Na internet a campanha “Eu sou gay” reage pacificamente aos inúmeros casos de homofobia que vem crescendo a cada dia no nosso país. A campanha surgiu através da iniciativa dos amigos Carolina Almeida (jornalista) e Daniel Ribeiro (Cineasta), que indignados com o rumo que a intolerância vem alcançando no Brasil, resolveram reagir com as armas que tinham, ou seja, a internet. De acordo com Carolina, a gota d’água foi o caso que ocorreu em uma pequena cidade de Goiás, em que uma estudante de 16 anos foi encontrada morta e que a principal suspeita recai sobre a família da namorada que enjeitava o relacionamento, ou seja, mais uma vítima da intolerância e do ódio.
   Com a criação do blog http://projetoeusougay.wordpress.com/ eles desejam recolher o maior número de fotos de pessoas segurando uma placa com a frase EU SOU GAY. No próprio blog eles fazem este apelo pedindo as pessoas para aderirem à campanha e enviarem as fotos independente da sua orientação sexual, idade, cor, o que vale é simplesmente passar a mensagem.
   A intenção da campanha é montar um vídeo com todas as fotos pra que este venha a ser divulgado não só no Youtube como também em fóruns, festivais, palestras, e dessa forma lutar contra o preconceito, a intolerância, o ódio e principalmente a falta de respeito que há contra o próximo. O “ser gay” da campanha vai muito além da orientação sexual, trata-se da liberdade de expressão, da liberdade de ser quem se é sem medo ou receio, a liberdade que uma sociedade moldada numa falsa moral tanto condena, uma campanha a favor do amor.
   A campanha teve inicio em maio e em apenas 24 horas se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter, arrecadando 600 mil fotos nesse período. As fotos poderiam ser enviadas até o dia 8 de maio e desde então o vídeo esta em processo de produção da trilha sonora, esta que por sinal será feita especialmente para a campanha, segundo Daniel Ribeiro.

Fontes:

Estadão.com.br/São Paulo
O Globo

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Governo Federal planeja atrair movimentos sociais não-organizados da internet.

Acostumada a dialogar com movimentos sociais conhecidos, Secretaria Geral da Presidência pretende usar internet para atingir brasileiros que querem participar da vida pública mas não se sentem representados por partidos, mídia ou entidades tradicionais. A ideia é criar um Portal de Participação Social em 2012 objetivando levar a voz da internet para dentro do Palácio do Planalto e incorporá-la à construção de políticas públicas.

A Secretaria Geral da Presidência da República pretende aproximar o governo dos movimentos sociais, para que políticas públicas sejam permeáveis a reivindicações populares. Seus interlocutores frequentes são centrais sindicais (CUT, por exemplo), estudantes (UNE), sem-terras (MST), índios (Cimi). Enfim, grupos de interesse organizados em entidades conhecidas. 
A Secretaria Geral planeja, agora, ampliar a clientela e levar para dentro do Palácio do Planalto movimentos sociais "desorganizados”. Aqueles que, de forma anárquica e espontânea, nascem e manifestam-se pela internet. E que são desprovidos de vínculo com instâncias tradicionais no debate público, como os partidos políticos ou a mídia.
O objetivo da Secretaria Geral consta do planejamento estratégico dela ainda para este ano. Caso se desenvolva como previsto, deve se materializar em 2012, com a criação de um “portal de participação social”, como já está sendo chamado.
“A idéia é ampliar a democracia. Os instrumentos tradicionais da democracia, sozinhos, hoje não dão mais conta da realidade, a internet é o espaço por execelência de um novo tipo de representação, que é mais utópica, mais direta, como vimos nos países árabes no começo do ano." diz Ricardo Poppi, responsável pelo projeto na Secretaria Nacional de Articulação Social, da Secretaria Geral.
O projeto ainda é embrionário, mas Poppi já antecipa que o portal seria um espaço de consulta pública permanente, uma espécie de "ágora grega" virtual, onde as pessoas opinariam e deixariam críticas ou sugestões sobre temas propostos pelo governo ou que elas mesmas considerem importantes. Funcionaria ainda como um grande arquivo sobre as conferências nacionais patrocinadas pelo governo (juventude, comunicação, LGBT, por exemplo. “O portal vai permitir que as pessoas tenham participação política e influenciem a formulação e a implementação de políticas públicas”, afirma Poppi. “Elas vão poder poder pautar o governo com temas que nem a imprensa nem a burocracia tinham percebido”, completa.
Para Poppi, a tecnologia digital pode ser um meio extraordinário de participação política. Cita como exemplo um episódio recente envolvendo uma professora do Rio Grande do Norte chamada Amanda Gurgel. Em audiência pública na Assembléia Legislativa sobre salário dos professores, ela fez um discurso forte sobre a realidade da categoria que constrangeu os parlamentares. O vídeo com a manifestação foi parar no youtube, virou hit na internet e tornou-se assunto discutido pela população em mesa de bar. “Se não fosse a tecnologia, a fala dessa professora teria impacto apenas local”, afirma o responsável pelo projeto.
                                Fonte: http://www.cartamaior.com.br/

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Protesto no Facebook e no Twitter a favor da educação no Brasil



  O Movimento Queremos Ética está organizando para o dia 12 de junho um protesto  no Facebook e no Twitter a favor da educação no Brasil. Rodrigo Gabriel o RG, criador da rede do Movimento QE no Ning e também organizador do protesto, convida os brasileiros a usarem no dia 12/06 a imagem do evento no perfil, além de colocarem no mural e twittar a hashtag  #QueroEducação. 
 O protesto é contra a desvalorização da educação no Brasil, visa otimizar as pessoas e torná-las  mais conscientes do que está acontecendo e do que elas realmente podem fazer pelo Brasil. Educadores que aderiram ao protesto reclamam dos salários pagos aos profissionais da educação e reivindicam a atualização da metodologia de ensino nas escolas brasileiras.
 Na página do evento no Facebook muitos são contrários a uma mobilização apenas virtual, e desejam que  parte dos  221.154 internautas que confirmaram presença virtual, se mobilizem e vá  as ruas protestar pela melhoria da educação.

Cambitolândia, Charge Evolução

Fonte: QE

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Retome a Tecnologia

O Retome a Tecnologia é uma campanha brasileira de ativismo, conscientização e apropriação das tecnologias de informação e comunicação (TIC) para o fim da violência contra as mulheres. A campanha ocorre anualmente durante os 16 dias de ativismo para o fim da violência contra as mulheres, do dia 25 de novembro ao dia 10 de dezembro, e é feita a base de trabalho colaborativo e coletivo, inspirado por idéias criativas!

Retome a Tecnologia foi inspirada pela campanha take back the tech, uma iniciativa colaborativa e internacional iniciada e coordenada pelo programa de apoio a redes de mulheres da associação para o progresso das comunicações (APC). O take back the tech começou em 2006 e já teve participação de individuos, grupos, redes e organizações em mais de 15 países da África, Ásia, América Latina, América do Norte e Europa.

Em anos anteriores da campanha, muitas internautas fizeram postagens em blogs sobre temas relacionados à violência sexista, espalharam e-mails com conteúdo feminista, compartilharam histórias sobre sua relação com computadores, máquinas fotográficas, câmeras de vídeo, microfones e outras tecnologias, ou aproveitaram os dias da campanha para realizar oficinas e bate-papos sobre tecnologia.

No Brasil, as ações desse tipo têm sido chamadas de retome a tecnologia e várias mulheres se articulam todos os anos para essa jornada, ligadas ou não a organizações internacionais que sustêm a campanha.

Alguns do grupo feministas participam da campanha, como: birosca, g2g, que estiveram envolvidas na realização do etc-br, em Salvador; o coletivo korpus krisis, que mantêm o confabulando; e a xanta uma servidora livre, além de muitos outros grupos por aí.

Uma das características específicas da campanha brasileira é o foco na apropriação e uso de tecnologias livres por mulheres.


Fontes:

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dominaremos a tecnologia!

Take Back The Tech! é uma campanha internacional que visa contribuir para a eliminação da violência contra as mulheres. Cada sugestão de ação diária procura um aspecto da violência contra as mulheres e a sua interligação com os direitos de comunicação. Todo ato tem uma visão estratégica e uma abordagem criativa para diferentes plataformas de mídia online e offline.

A campanha convida todos os utilizadores das TIC (tecnologias da informação e da comunicação) -
especialmente mulheres e meninas - para assumir o controle da tecnologia e estrategicamente utilizar qualquer plataforma de TIC na mão (telefones celulares, mensagens instantâneas, blogs, websites, câmeras digitais, e-mail, podcasts e outras) de ativismo contra a sexo -violência baseada.

Take Back The Tech! acompanha os 16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Género (25 novembro - 10 dezembro de cada ano), com ações diárias que exploram diferentes aspectos da violência contra as mulheres e as TIC.

Take Back The Tech! tem como propostas:
  Criar espaços seguros digital que protegem o direito de todos de participar livremente, sem assédio ou ameaças para a segurança.

Realizar as mulheres em matéria de direitos de moldar, definir, participar, usar e compartilhar informações, conhecimentos e domínio das TIC.

Endereço da intersecção entre os direitos de comunicação e direitos humanos das mulheres, especialmente para acabar com a violência contra as mulheres.

Reconhecer a participação das mulheres histórica e crítica e de contribuição para o desenvolvimento das campanhas de colaboração para recuperar a informação e comunicação.

Em 2008, Take Back The Tech!
foi premiado com uma menção honrosa na categoria Comunidades Digitais do prestigiado Prix Ars Electronica Concurso Internacional de Artes para o Cyber ​​para sua campanha, inovadora de colaboração para acabar com a violência contra as mulheres
 
Em suma, Take Back The Tech!conta com a ajuda de milhares de mulheres que contribuem com seus pensamentos, idéias, palavras e imaginação. Essas mulheres criam e compartilham cartões postais,  blogam, fazem upload e compartilham vídeos e áudio que possam refletir sobre a realidade da violência contra as mulheres.

 
Fontes:

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Marcha das Vagabundas" no Brasil

  Neste sábado, 04 de junho, a Avenida Paulista será  palco da Slut Walk ou " Marcha das Vagabundas"  em tradução livre. 

 O Slut Walk é um movimento criado por estudantes  cujo objetivo  é chamar a atenção para a cultura de responsabilizar a vítima por casos de abuso ou estupro.

 O movimento surgiu como protesto em resposta  ao comentário que Michael Sanguinetti, policial canadense, fez em uma palestra sobre segurança na  Escola de Direito Osgode Hall, em Toronto.O policial disse que " se a mulher não se vestir como vagabunda (slut, gíria inglesa), reduz-se o risco de ela sofrer abuso ou estupro".

 Os comentários tiveram grande repercussão na Internet e chamaram a atenção de Sonya Barnet, uma designer gráfica de Toronto, que quando soube através de um jornal local,  se juntou a  Heather Jarvis, estudante da Univesidade de Guelph, e criou uma pagina no facebook para chamar a atenção das pessoas para a causa e divulgar a passeata.

  Sonya Barnett disse ao site OiToronto que o motivo principal da passeata foi protestar contra o fato de o policial ter usado a palavra “vagabunda” e exigir que haja uma mudança na mentalidade das pessoas. “A maneira como você se veste não deve servir como justificativa para ser abusada sexualmente. Quando um policial faz um comentário desses, deixa transparecer que as vítimas são culpadas e isso não é verdade”, disse Barnett.


                                  Primeira Stul Walk realizada em Toronto, Canadá.

  A primeira passeata aconteceu em maio na cidade de Toronto, no Canadá, e cerca de 3 mil pessoas participaram. Milhares de mulheres saíram  as ruas vestidas de forma provocante ou comportada exibindo cartazes contra o machismo e o abuso sexual.

 O sucesso do movimento se espalhou por diversos países como Estados Unidos, Nova Zelândia, Grã-Bretanha, Austrália, Holanda, Argentina, Suécia e agora chega ao Brasil.

  No Brasil, a "Marcha das Vagabundas" está sendo organizada por três amigos, a escritora Solange De-Ré, a blogueira Madô Lopez e o músico Edu K, que após verem uma reportagem sobre o Slut Walk decidiram protestar contra o machismo velado que há no país. Então marcaram o evento no Facebook. Os organizadores ficaram surpresos pois mais de 4.5 mil pessoas confirmaram presença no evento Slut Walk Brasil. 

 Para Solange De-Ré  o evento superou suas expectativas. "Está sendo surpreendente ver que esse problema sempre existiu e agora podemos discuti-lo publicamente, apoiados por homens e mulheres", afirma.Ela espera 2,5 mil pessoas na marcha que está marcada para às  14h do dia 04 de junho na Avenida Paulista em São Paulo.

 Nesse mesmo dia acontecerão protestos em outras cidades como Chicago (EUA), Los Angeles (EUA), Londres (Inglaterra), Edmonton (Canadá), Estolcomo (Suécia), Amsterdã (Holanda) e em Edimburgo (Escócia).



Redes Sociais

Convocações via redes sociais como o Twitter e o Facebook tem sido fundamental para o sucesso do movimento. O site oficial  é o StulWalk Toronto, nele são encontradas informações sobre como surgiu , quem são seus organizadores, depoimentos de mulheres sofreram abusos e que participaram das passeatas, além de notícias sobre os protestos que acontecem em diversos países.No Twitter além do perfil oficial @SlutWalkTO , o movimento tem mais três perfis de cidades em que a passeata foi realizada.No Brasil, a "Marcha das Vagabundas" utiliza apenas a página do Facebook para convocar os participantes.

Marcha em Toronto

Fontes: OiToronto, G1, Estadão.